Torre Eiffel, Rio Sena e passarinho - By Karla Vidal |
A eternidade é um exercício aeróbico que dispensa oxigênio
É onde posso abraçar todos os anjos-da-guarda: a Jovem e a
Velha,
E agradecer pelos orgasmos que trago impressos na alma:
Ao ver sorrir os caminhos dos que amo, livres do mal.
Na eternidade, os tiros param de zunir por sobre as cabeças
E beijos de Boa Noite crescem aos pés das camas
Não é possível virar o rosto pro outro, na eternidade,
Pois lá os olhos são uma tentação irresistível
Na eternidade, cada um é para mim e eu sou para cada um
Fragmento dos dias que merecem renascer
E dos renasceres que merecem ser dia
Na festa do eterno, nenhum futuro é devolvido
E, mesmo assim, todo não-tempo é pouco para tanta vontade de
te reencontrar,
Para tantos descaminhos que encontram a cura
Para que os tambores do silêncio assinem, retumbantes
O atestado de óbito das tumbas e dos medos
Nos braços da eternidade, as ondas não apagam os versos de
José de Anchieta
E sua poesia não ficará mais sozinha
À margem
E os horizontes poderão nos dizer finalmente porque fogem de
nós
E quais são os sonhos que, durante milhões de anos, esconderam
debaixo do tapete do pôr-do-sol
Na eternidade, meu coração transborda de ressuscitados
A saudade se perde do Português
E o ódio: qu’est que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o ódio: qu’est
que c’est?
E o amor: C’est
tout
E o amor: C’est
tout
E o amor: C’est
tout
E o amor: C’est
tout
E o amor: C’est
tout
E o amor: C’est
tout
E o amor:
C’est tout
E o amor: C’est
tout
Deus, na eternidade, és meu amigo e não mais um colete à
prova de balas
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