22 de maio de 2013

A fotossintética amizade







É pra ser uma música para minha amiga Anuska, para quem, em breve, quero pessoalmente cantar


Fotossíntese


De alguma forma,
Quando conversamos
As portas dos livros se fecham
E  Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Eu
Sinto tanto
Muito
Que não seja preciso mais desculpa
Pois há lugar pra culpa onde pulsa o convite pra recomeçar?
Aar Aar Aar

Sinto que assinto
Mas que assínte!
Que tal síntese
Nenhuma foto ou planta
Possa respirarararararararar

Pobre Neruda que esqueceu suas laranjas
Lá no mararararararararararar
E quis sair do livro
E o poema calar ararar
Mas de tanto que caminham
Os calos que amam aprendem a voar arararararararar

Pois qu’importa ser lido
Sem perto de ti, amiga, os livros poder fechar?
Mas, se o tempo for de embora
Que o mundo se permita
Fugir de seu eixo próprio
E filiar-se ao partido comunista
Da translação solar ararararar
E o descomunal abraço das estrelas
Seja a menor das sementes
Diante do reencontro dos amigos
Onde é pego de surpresa o gostar
Onde a vida, linda amiga, tua vida
É alívio pra de Deus o soluçar
E a despedida é peso que se perde
Dos seus olhos num piscar
Em tua fotogenia
Que renova o oxigênio
Sendo mar

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