20 de maio de 2014

Capítulo 2 - Quando o fingimento perdeu a capacidade de ser traduzido para o francês

Fonte da imagem: Pátria Amada


Ele se deu conta de que as pessoas o olhavam desconcertadas

E procurava em pelo menos um dos alunos um gesto ou palavra que pudesse consertar aquela atmosfera, aquele calor de corda de violino rompida que continuava percorrendo sua melodia com um toque frio de medula desafinada

Teve de pedir licença porque depois da primeira onda de perplexidade, o farfalhar de risos trazia um quase silêncio que se sobrepunha a seus pensamentos

Demorou uma semana para que ele começasse a se dar conta do que estava acontecendo
Não havia como continuar dando normalmente as aulas de francês porque toda frase falada por ele em francês desaguava em forma de um verso de amor para a pessoa que de fato amava, mas a quem todos os gestos e palavras tinham por hábito fingir com perfeição o inexato, cru e nu contrário.

Mas, o fingimento perdeu a capacidade de ser traduzido para o francês
Nos pensamentos, ele conseguia elevar o refinamento do fingir à máxima potência,
Mas, o seu francês o traía e desescondia o amor imenso que sentia
Nunca tinha fugido de seus lábios um falar tão irretocável,

Que fazia o seu vernáculo parecer uma pobre porta de desgastado verniz
Quanto mais ele se esforçava para dizer o contrário do que sentia,

Mais suas palavras escorriam uma poesia que de tão bela e sincera conseguia
Trazer para a memória de quem o ouvia os mais belos versos de amor jamais ditos, lidos ou decalcados

E chegou um momento em que o próprio silêncio não conseguia mais se manter intraduzido
A tentativa de calar o amor que sentia fazia com que o silêncio desabrochasse em lindos gestos franco-venezuelanos de amor
Gestos que não rimavam com seu convencional egoísmo, eram gestos de coragem, de louvável sacrifício, de encantadora chatice e todos terminavam com uma assinatura telepática, abrindo ao longo das ruas outdoors feitos de miragem, propagando com indecorosa sutileza o amor que ele tentava esconder.

Mas, ironicamente, a pessoa que ele amava havia perdido a capacidade de ouvir em francês e quando o ouvia em português, tudo o que era dito transpirava um ódio avassalador, como se as palavras o desconvidassem para a festa e os silêncios o convidassem a se retirar dela.

Um era dono de um francês impecável que fazia coexistirem num mesmo sintagma a impropriedade e a inocência de uma liberdade quase imperdoável

Outro era desprovido de ouvidos capazes de ouvir este francês e provido de um coração que ouvindo um simples Je t'aime se contentaria com o que aquele Nobre tinha a oferecer: atenção alemã, sexo russo (?), gostosura de um milagre congestionado em Táchira, gostosura que só ele tem (e quem disse que há texto imune a um estranhamento sidney-sheldoniano) e calor humano da Zona Sul (ZS).

Mas, foi necessário este descompasso entre o falar e o ouvir desses dois que se amavam para que os olhares dos dois tivessem finalmente coragem de se cruzar e o abraço dos dois tivesse chance de amortecer a colisão de suas distâncias e o sentimento dos dois tivesse fôlego para inaugurar a coincidência entre seus lábios. Foi quando o Francês e o Português  voltaram a funcionar normalmente: bem a tempo de abrirem mão do sentido e celebrarem o começo de uma história de amor que, nos sonhos, nos silêncios e nas poesias já era uma velha adolescente.

Epílogo 1

Tenho receio de que chegue o apocalipse antes de o mundo acabar,
antes de ele se tornar pequeno o suficiente para que eu te reencontre
Quando a greve dos policiais acabou, quis submeter o tempo
A uma intervenção cirúrgica
E extrair dele
Os cálculos que pudessem impedir teu sentimento
De inaugurar a coincidência de nossos lábios, lá onde as vidas renascem num simples acordar
Mas, tive, de cor, a sensação de que um arrastão tinha roubado as anestesias todas
E mais alguma
Se bem que, se tu me deixares segurar tua mão em meu carinho
E se meu afago Puder caminhar pelos canyons de tuas sombrancelhas,
A dor do Recife será a menor das Américas
Quero descobrir como é te ver de volta da França ou da Venezuela
E deixar o aeroporto de Barcelona com inveja do sol
Que nascerá do nosso abraço
Tenho tanta vontade de sorrir pra ti,
Só fico preocupado que isso te envergonhe
Como te envergonhou a flor branca que te devolvi
Porque ela sempre esteve, em teu rosto lindo, plantada
E em tua alma linda (que ainda hei de conhecer) colhida
Te conhecer fez a terra em mim ressuscitar
E libertar do cativeiro a flor que deixaste plantada esperando
No meu ontem
Que, desde aquele 11 de setembro (?) mudou completamente
As torres caídas em mim se reergueram e as guerras em mim
Foram rebobinadas
Acho que no começo posso ficar meio sem jeito perto de ti,
Trocando os pés pelas mãos
Se bem que este intercâmbio poderia ser proveitoso
Pois, desde sempre (?), quero que, ao menos um dia por semana (mês ou etc)
Uma parte de mim se torne mãos (bobas de preferência)

E desatem a espionar teu corpo

13 de maio de 2014

Capítulo 1 – Ataque ao terrorista da cidade onde morreu Joana D’Arc

Paris 9 - Printemps cupola


Sinto inveja profunda dos policiais que puderam te revistar
E fazer de suas impressões digitais certezas labirínticas,
Sendo teu corpo um fio que fugiu do desvelo de Ariadne:
E que não cede ao controle telepático de Teseu

Tenho ido à Venezuela, a Londres, a Berlim (onde um feiticeiro da távola trapézio rima com escombros de um velho muro para fugir de Morgana)
Tenho ido lás em busca do olhar raivoso que abriu o coração de minhas portas


Que dá abrigo secretamente à França anti-monotonia
Meus alicerces ruíram e o prédio continua de pé
Escorado em risos ruidosos de um jovem que, talvez, me ache ridículo
Não consigo desmoronar depois de ter revisto aquela foto despenteada
Daquele por quem me avistei à primeira paixão
E que me fez não conseguir esquecer como é um coração batendo dentro do outro
Inutilmente? Talvez sim. Certamente, não
Meus sonhos fragmentados encostam a tempestade no teu peito e
Tentam descansar
E se fores embora quando eu adormecer
Uma vez por mês vem e me desabandona

Tento partir, mas a saudade corre pra me esperar onde as bombas desexplodem
Sinto amor por ti e vontade de te dizer que és muito bonito
Com teu rosto de neve não barbeada
E te conhecer do comecinho até chegar a terceira semana
Em que depois da última sessão de cinema, tu me pedes em namoro
Enquanto te infiltras na plataforma de embarque
E levas contigo o meu suspense que se esforça para não demonstrar que é um “Aceito” pré-datado

Correria no meio de uma multidão incolor, inodora e insípida se fosse pra dar um cheiro nesse terrorista amado: implodiria no seu abraço e a opinião dos outros que explodisse
Mas, depois desse abraço, as metáforas da guerra desapareceriam
E as minas terrestres se transformariam em discos dos Beatles, de Chico Buarque e de Bob Dylan ou Luiz Gonzaga

Desejo algemar este terrorista com asas de beija-flor, com um paraquedas tecido em Cabernet sauvignon vertido da taça de Deus sem passaporte
Me beija logo, ranzinza, sarcástico, esnobe, antipático, arrogante, meu amor: antes que eu me mude para a França daqui há dois ou três anos

Não haja mais muros, lamentação ou gemido
Quero te condenar a prisão perpétua, prisão azaleia, prisão girassol, prision de printemps
Prisão cujas grades são asas deltas, onde meus rios nascentes desembocam
Encontrando orgasmo na tua nuca asmática
E o cigarro já teve de se conformar em nos ter encontrado na cama
E que delicioso foi te seduzir e te levar a pôr um belo par de chifres na coca-cola
Fico sonhando que um dia desses vou poder ficar te olhando dormir
E ouvir depois do nascer da lua tuas declarações de amor que tentam driblar a timidez
Escondendo-se atrás de uma indiferença que é péssima atriz

Em segredo, te digo como és cativante e como este cativo que te escreve

9 de maio de 2014

Filho, eis aí tua mãe: Nossa Senhora e a morte no estádio do Arruda


Fonte da imagem: blog Repare nisso


Mês das mães, mês de Maria
Agora mês da segurança no trânsito
Só não sei se para carros ou para pessoas vestidas de cofres blindados

Antes de hoje, foi dia do oftalmologista e também dia do silêncio
E como me recordo do olhar da jovem Maria, que, com apenas 48 anos
Virou Mãe da humanidade: que peso Jesus depositou sobre os ombros da Mulher:
Não bastavam as espadas furando a alma dela ,
Mas, fez isso Porque lhe tinha total confiança, o suficiente para sonhar que um mundo salvo e são
Não podia abrir mão de ter uma mãe

O olhar de Maria que, silenciosa, contemplava seu filho morrer na cruz
Para a mãe que perde um filho, todo dia daí pra frente é meio dia do silêncio

E quando Cristo disse: Mulher, eis aí teu filho
Nesse instante, todos os filhos perdidos apareceram como num filme diante de Nossa Senhora
Incluindo o soldador sobre o qual foi lançado um vaso sanitário
Por um indivíduo de uma terra que fez do bordão do Chaves desculpa para dar vazão aos instintos mais perversos temperados por uma piada sem gosto e desclassificada: “Foi sem querer querendo”. E assim, o homicídio culposo se torna medalha  e premia os crimes mais hediondos.
E Maria não conseguia compreender direito o riso de escárnio dos soldados e dos doutores da Lei
Porque esse sorriso foi sufocado por um grito organizado, criminoso, absurdo e ensurdecedor de torcida: de distorcida

Ao lado de Maria que viu seu filho morrer sem poder agir
Ajoelham-se todos os dias mães que preferiam estar cegas a ver seus filhos mortos por um maldito "sem querer querendo" falsamente disfarçado de revolta, ou de protesto: pretexto porcamente escrito pela crueldade escrota.

Soam os apitos, chamando os cavaleiros do Apocalipse, que não terão tempo de chegar ao estádio, diante da chuva, dos engarrafamentos, da falta de energia. E o soldador morto pelo projétil que lhe atingiu a cabeça
Não teve tempo para torcer pelos jogos da Canarinha e se juntará a outros soldadores que morreram atingidos por obras mal executadas

As Nossas Senhoras recebem em casa os cadáveres, sem consolo,
Quando eles não são jogados no lixo, sem direito a ouro, nem incenso, ou mirra
E Maria chorou porque não houve tempo de doar todos os órgãos de Jesus, com exceção do coração,
Que já havia sido doado em vida

E do olhar, que continua sendo doado até hoje

3 de maio de 2014

A quens amo: inspirado por Mário Quintana




Vesti um terno de sonho
E cheguei ao meu destino a bordo de uma carroça de branco
(Eu que tenho sido uma peça de á(i)s e branco num jogo trancado)
E atravessei o em vão, desviando de todos
E esbarrando em muitas solidões
A cada tropeço, o sol do meu caminhar queria se pôr
Senti saudade de calar em francês
Cada vez que ouvia tua voz
Vestida de porta fechada
Eu era um cavalheiro e seus segredos
Terno cor de névoa, terço de cristal no bolso
Tentando partir
Mas, a festa saiu antes de mim
E nos deixou a sós
Foi quando te apaixonaste por mim
Não do jeito que quis, sonhei ou pensei
Te apaixonaste por mim com toda a tua falta de jeito
E era isso justa e injustamente que eu buscava
Um convento esperava pelo retorno do meu vórtice cardíaco
Que deixaria cair um rosário por entre a fenda de mim partido ao terço
É difícil te esquecer porque teu rosto
Quanto mais ensaia o esquecimento, mais lindo se torna
Mais marcante: uma gravidade alada que caminha sobre mim calçada de luz descalça
Quando teu sorriso me tirou pra dançar
Todos os elogios se reduziram à timidez do teu olhar
Todos os meus rostos se resumiram a um Eu te amo e ao desejo de me esqueceres bem devagarinho


E pensando lá com teus botões de rosa: Faça o bem sem olhar aquém

1 de maio de 2014

Shakespeare! Saúde!: Quanto custará o amor depois do fim do Capitalismo?



The dead money
Fonte: ReverbNation

Ontem, em entrevista do Programa do Jô, José Garcez Ghirardi, especialista em Shakespeare, falou sobre como nossa época se parece com a do dramaturgo inglês. Segundo ele os períodos pré e pós têm mais em comum do que sonha nossa vã filosofia. Shakespeare está situado no pré-modernismo (entre Idade Média e Idade Moderna) e nós no pós-industrialismo (entre o Capitalismo e ?).

Apesar de o Index Librorum Proibitorum da Academia ter decretado que a discussão sobre prés e pós é algo ultrapassado, fica desta discussão um aspecto fundamental observado por Ghirardi: o de que vivemos um descompasso entre nossas atitudes e nosso repertório simbólico. O estudioso exemplificou isso com o rito do casamento. “Mesmo não sendo dada mais a mesma importância a questões como a virgindade e o código da Cavalaria, que pressupõe a mulher como subordinada ao homem, persiste a valorização do ritual matrimonial, com a representação clássica da mulher como dama virgem vestida de branco e à espera de seu cavaleiro no altar”.

Esse descompasso também houve na pré-modernidade, com Shakespeare. Eram homens e mulheres com uma subjetividade já moderna, ferida pelos valores do Renascimento, mas que estavam cercados do repertório simbólico do período medieval. Resumo da Ópera: os repertórios simbólicos da sociedade têm dificuldade de acompanhar as transformações da nossa subjetividade.

Esse preâmbulo foi um atalho pra chegarmos nas pesquisas de Jeremy Rifkin, que acaba de publicar seu novo livro "The Zero Marginal Cost Society" ("A Sociedade do Custo Marginal Zero"). Nesse livro, Rifkin discute sobre como a intensificação da produtividade e o desenvolvimento de novas tecnologias e das novas formas de interação humana mediadas por tecnologias, tende a tornar o Capitalismo desnecessário.

Num futuro não muito distante, algo por volta de 2040, cerca de 80% das energias serão renováveis. A Internet e as tecnologias comunicacionais tornam a difusão da informação cada vez maior, a um custo cada vez menor. O compartilhamento de bens, como casas e carros, cresce em ritmo acelerado. O que o pesquisador chama de Internet das Coisas, referindo-se a como a infraestrutura produtiva se torna inteligente por meio da integração das coisas através de circuitos e softwares, tende a ser uma cura (ou doença) endêmica num futuro próximo. Tudo isto representa um tiro certeiro no custo marginal de produção, culminando com a transformação do próprio trabalhador em algo obsoleto (coisa já prevista por Hanna Arendt em seu livro A Condição Humana).

O Capitalismo, nessa perspectiva, tende a perder espaço para outras relações de produção em que o acesso aos bens é mais importante do que a posse do bem. Rifkin avalia que o contexto em que estamos inseridos é semelhante àquele da transição da transição entre o Feudalismo e o Mercantilismo (período de esboço das características que viriam a dar forma ao Capitalismo). Esse tipo de transição gera medo porque não conseguimos, em termos simbólicos, conceber o que vem pela frente, embora autores como Manuel Castells já prevejam novas formas de dominação do homem pelo homem, baseadas não no controle da propriedade, mas sim no controle da interatividade (no domínio sobre determinados sistemas de interação mediada tecnologicamente).

Esta introdução foi outro atalho para chegarmos ao questionamento que convidou este texto a ser escrito: como será o amor quando não tiver Capitalismo? Ou Como vai ficar o repertório de símbolos associados ao amor com o fim do Capitalismo?

De alguma forma, já comecei a refletir sobre isso em outra postagem. Mas, não custa nada perder um pouco de tempo com reflexões esparsas...

Talvez, certamente, os sintomas da transformação do repertório simbólico do amor já estejam no ar. Um deles é a dificuldade de administrar as réplicas do amor.  Ex.: Alguém te manda flores... Conforme os antigos repertórios do amor, um gesto meio que acionava uma rede de expectativas relativas tanto ao passado quanto ao futuro. A intimidade nutria a expectativa de que o passado e o futuro precisariam ser compartilhados cada vez mais intensamente entre aqueles que intercambiavam gestos. Esse compartilhamento incluía forçosamente a DR (discussão de relacionamento) periódica.

Parece que o indivíduo pós-industrial está encarando esta rede de expectativas associadas ao gesto como algo no mínimo tedioso e no máximo torturante. O problema que surge é que não queremos mais nos inserir em redes de intercâmbio de expectativa, mas não inventamos ainda uma forma de, abrindo mão disso, cultivar a reciprocidade. Isto quer dizer que fica difícil viver intensamente momentos com uma pessoa (seja a amizade colorida ou incolor), extrair, em seguida, essa pessoa de nossa rede de expectativas, e depois querer retomar um contato intenso, de intimidade. Uma pergunta do nosso tempo: Como fazer quando, tendo excluído uma pessoa de nossa intimidade, sentimos saudade e, arrependidos, queremos retomar a intimidade com esta pessoa?

Outra pergunta destes tempos pós: Como faço quando, após romper com a rede de expectativas que me une ao outro, quero buscar nele uma reciprocidade pautada pela memória da intimidade que eu mesmo fiz questão de minar?

As redes sociais dão dicas de como nossa subjetividade está tentando enfrentar, aos trancos e barrancos, esta modificação do repertório simbólico do amor. Nossos “amigos” de redes sociais são pontualmente (pontualidade associada a um comentário, foto ou compartilhamento) encarados como irmãos unidos a nós por códigos de honra da Grécia Antiga ou da Cavalaria Medieval; logo depois, a “amizade” é preenchida por intervalos de distanciamento completo em que a presença do “amigo” é reduzida a um vulto, um fantasma, uma foto de perfil descarnada e inerte (e nessa frase não vai juízo de valor particular). E assim, o ciclo se repete. O problema do nosso tempo será: vamos conseguir transferir esse padrão esquizofrênico de amizade para as relações presenciais, pois, acredito eu, no contexto presencial, ainda é motivo de mágoa e decepção quando um “amigo” nos enche de carinho e de intimidade, para, em seguida, nos lançar no ostracismo. Sei lá, talvez sejam resquícios do antigo repertório simbólico do amor: talvez.

Quem sabe o novo padrão de amizade seja caracterizado por encontros de ex-amigos entre os quais se instalam grandes intervalos de descaso e distância. E, como comumente ocorre, os encontros de “amigos” passem a ser pautados pelo culto nostálgico ao antigo repertório simbólico do amor: quem sabe?


Mas, é certo que sempre haverá o movimento de resistência: daqueles que não abre mão, por convicção ou seja lá o que for, de seu repertório simbólico, e estão dispostos a enfrentar, sob o risco de parecerem ridículos ou loucos (na pior das hipóteses), o risco de não deixar o “passado” morrer à míngua. E, assim, Shakespeare continuará sendo redescoberto e não se tornará, como reza uma piada de mau gosto, onomatopeia do espirro.

Leia sobre o livro "The Zero Marginal Cost Society" aqui
Assista à entrevista com José Garcez Ghirardi, especialista em Shakespeare, aqui
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