14 de maio de 2016

Poema de uma sexta-feira 13

Cidade de Roma
Foto: Clécio Eufrausino


Minha imagem no espelho
Nesta sexta-feira
É uma pergunta sua: “Você achou mesmo que era verdade?”
E sua resposta irrefletida nem se deu ao trabalho de colocar as letras ao contrário:
“.ues amelborP”

Depois desta primeira imagem,
O espelho passou a se chamar mirror
Logo em seguida, meu erro

Meu reflexo sempre chega partido ao meio
E meus eu-te-amos ao se olharem enxergam uma saída que não desiste de ser labirinto
Como uma imagem imprópria, sou lançado de volta à estaca  +ou – 0

Se mesmo tendo medo de ter coragem,
Você me ajudasse a descobrir que o que sinto não é em vão,
eu seria capaz de esperar o tempo que fosse preciso ou impreciso
Porque tua companhia me faz sentir um homem de sorte,
Embora meu reflexo se sinta um idiota

Meu eu rrefletido desistiu de ir embora quando te conheceu
E, lá no futuro, o espelho espera que você chegue em casa
Que acorde da sesta
Para dar de presente ao meu reflexo teu abraço e teu beijo

Depois de te conhecer um pouco,
O espelho começou a aprender a se refletir em mim
E resolvi quebrá-lo, alforriá-lo
Prefiro andar de mãos dadas nós três: você, eu e nosso segredo
Sem a preocupação de refletir

Se você sentir algo por mim,
Mil imagens ou uma palavra valerão a mesma coisa
Porque sentirmos juntos será algo inexprimível e sem preço

A poesia e seus exageros são mero reflexo
Da minha disposição de caminhar contigo

Fora do espelho

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