Cena da abertura da novela La Usurpadora |
O mundo acabando
E eu só penso em uma forma de pensar sobre como falar de
amor
com mi corazón brasileño e, ainda por cima, humano
Os homens, lobos do próprio homem, fazendo papel de rato no
picadeiro dos ministérios
E o Jó que me aluga tentando imitar Jobim
Hoje, por um dia, posso pouco alegria
Mas, parece que a esperança, mesmo hoje, poderá ser todo dia
Um usurpador não é aquele que rouba o lugar de alguém
É quem tenta roubar o lugar da coragem de alguém
Usurpa quem te faz ter medo de seres teu potencial de
mulher,
Por não seres homem
Quem te faz ter medo de seres teu potencial de ser humano,
Por seres um homem que ama um homem
Uma mulher que ama uma mulher
Um homem ou mulher que ama
Por seres um Nordeste que vive no Sul
Ou mesmo um vice-versa
Usurpa quem finge que tua potência não existe
Por ter preguiça de achar em si mesmo a potência
E, aprendi com o sei que nada sei,
Que só respeita a potência dos outros, incluindo a de si
mesmo,
Quem ama a liberdade, a escolha e a justiça
Um lembrete aos ursurpadores:
Potência não é poder
A potência não pertence a ninguém
Não precisa tomar posse
Nem ocupar tribuna de honra,
Palácio ou qualquer outro desses mausoléus
A potência não está no sonho alcançado
É o sonho que se reinventa no seio da realidade falida
Quem pode segurar uma cachoeira?
Nem mesmo o inverno em seu vai e vem, quem dirá os usurpadores
De que servem flechas ensopadas de um veneno imbatível
Se os corações pulsantes são alvo inatingível?
A seta, neste caso, é alvo de si própria
Pois o único alvo que é atingido em cheio é o vazio do coração que parou de
pulsar
Não são as flechas de Cupido que criam o amor,
É o bater das asas de Psiquê
Depois de dizer isso, me vem a doce lembrança do arqueiro Tell
E continuo querendo falar de amor no meu choro
sem precisar fazer juramento algum
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