Juro... Quer dizer, prometo, porque o juramento é assinatura falsificada de um cheque pré-datado para a verdade.
Prometo que estou tentando analisar a hipótese de que o
curtir do Facebook não significa necessariamente uma adesão ao que se curte,
mas, porventura, um manifesto irônico contra a estupidez ou uma celebração do
riso de desespero perante piadas macabras.
Afim de pagar esta promessa, deixei-me conduzir por um link
cultivado na minha timeline por um curtir alheio e entrei em contato com a
fanpage“Crítico Literário Hétero” (repare a sutileza de quem acentuou um
radical grego. Mas, quem sabe isso deva ser alguma excentricidade literária?).
Talvez, quem sabe, trate-se de uma obra de ficção, daquelas
que escreve algo com o objetivo de conduzir o leitor a um texto implícito que
busca dizer o contrário do texto explícito. Mas, praticar esta hipótese
requereria uma boa-vontade hercúlea/polianesca. Os textos da referida fanpage são escritos em um
Português que ignora tanto a norma padrão quanto as variações linguísticas,
escondendo-se numa fachada de experimentalismo linguístico.
Na verdade (e na mentira), as palavras nessa Fanpage são
mera excrecência de impulsos, grunhidos e muxoxos de uma (ou mais) mente
(mentes) infantilóide(s) presas numa obsessão birrenta de erradicar a
homossexualidade do planeta ou, melhor dizendo, de erradicar a possibilidade de
alternativa que a diferença sexual representa.
Neste sentido, a fanpage imita toscamente a
heterossexualidade e diz bem mal a que veio: lamentar o fim de um mundo que
nunca existiu composto por seres humanos que são pênis da cabeça aos pés
navegando num oceano de bebida alcoolica com vista para vaginas submissas
treinadas para extrair esperma e morrer em seguida.
Repete-se a tentativa enfadonha de classificar as profissões
como profissões dos heterossexuais e profissões dos homossexuais, assim como
são enfadonhas as demais tentativas de classificar o que é feito pelo intelecto
e pelo esforço físico com base no que se faz debaixo dos lençóis.
Não vou nem exigir coerência dos textos porque são textos
claros, claramente tendenciosos e totalmente afastados do sentido da crítica
que é colocar em crise os pressupostos e as verdades eleitas para o cargo de Miss
Universo. A fanpage elege como antônimo da crise e do senso crítico o deboche
insosso, insípido e inodoro, mas que não mata nenhuma sede, nem mesmo a sede de incitação ao ódio, a qual habita a fanpage.
Filme de terror que pretende fazer rir ou filme de comédia
que aterroriza: escolham, à vontade, a melhor forma de descrever a fanpage "Crítico Literário Hétero". E preparem o coração para viver emoções pífias.
Manoel Castells aponta em seu livro A Sociedade em Rede, a crise pela qual passam os homens num contexto em que homens e mulheres cada vez mais estão em pé de equidade. Quanto maior a angústia diante desse fato, maior a necessidade de se apegar ao salva-vidas furado do machismo. A questão é que a ideologia macho não se fundamenta na masculinidade, mas sim na redução da mulher à condição de vagina capaz de tomar conta de uma casa, e na redução da homossexualidade a uma doença contagiosa.
O nazi-machismo sim é um vírus que se hospeda na masculinidade minando sua capacidade de transitar entre o yin e o yang e roubando a capacidade do homem se auto-afirmar. Os nazi-machistas só conseguem se afirmar por meio da negação: "Não sou viado"/"Não sou mulher" e quando dizem que gostam de mulhé (sic) apenas expressam um duvidoso senso artístico: atração por uma distorcida versão surrealista da mulher, reduzindo-a a uma vagina cabisbaixa, obediente e que o faça gozar não pelo contato entre os corpos e as almas, mas sim pela habilidade de dizer "Sim, meu amo e senhor".
A seguir, uma das “pérolas” gestadas por esta ostra viciada na tentativa de lançar no ostracismo o que não é espelho da decadente caricatura macho-man.
ALMOÇO NU - WILLIAM S. BURROUGHS
Peguei esse livro achando que rolava umas putaria com
comida, tipo aquilo de sushi erótico, mas não. Na real, o livro tá cheio de
nego usando heroína e altas cena de viadagem. Uma pouca de uma vergonha, livro
de merda que ofende a moral e ensina os mini broder a entrar nas droga e no gayzismo.
Porém, tu pode usar ele pra impressionar aquela gata top meio alterninha, que
fuma uns baseado de vez em quando. Pessoalmente eu prefiro uma skol beats
geladaça, mas até que rola fumar unzinho às vez pra dar um relax, kkkkk. O
livro, se tu aguentar ler toda a viadagem que tem nele, serve até pra mostrar
pra gata que tu não tem preconceito com esses boiola. Porque tem altas gata
topzera que hoje em dia fica ofendida quando tu fala mal das amiga biba dela.
Então é melhor de vez em quando calar o bico pra garantir a trepada TOP.
NOTA: 1 de 5 TOPS.
Amigo... Nao sei se deveria, pq piada não se explica, mas vou te dar uma dica qto está pagina: ironia.
ResponderExcluirMinha crítica também pretendeu ser irônica, imitando uma nota de repúdio :) Abraço grande
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