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O cais que temia não conseguir ficar de pé
Texto de Clistarco Sepúlveda
23h. A manhã começou numa hora incerta e a noite não pôde
ser inteira,
Pois não houve tempo para que a meia-noite chegasse
E eu me tornara um desfiladeiro onde uma lua cheia pedia um
abraço a um Nobre
Deixando enciumadas as eras arqueozoicas
O desprezo solto pelo ar
Fez-me ter vontade de regredir à condição de fóssil
E pedir guarita nalgum templo imemorial
Meu trem lia os trilhos do fim para o começo
E sondava os passados
Em busca de uma vida onde tu falavas comigo
E teu toque caía nos braços do meu descanso
Sem ouvir tua voz et voir ton visage,
Sou uma estação interminada
A espera de um trem que
Não se deu conta de ser um porto sem cais
E, mesmo assim, a esperança de rever quem amo, pedia pra que eu ficasse de pé
Não se tocou de que havia se tornado
Um farol sufocado sem horizonte para respirar
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