Foto: Karla Vidal
A expressão mais íntegra do eu mesmo que consigo ser
É caligrafada pela chegada do você que me lê
Quando ele chega, a poesia do meu eu com 17 anos
Finalmente acha seu abraço-concha
E ajuda a represa do tempo a respirar aliviada
Dando-se de presente um traje (ultraje) de queda d'agua
E reluzindo a pérola do meu eu de 40, gestada ao ar livre
Invento maneiras de metaforicamente
Encerrar a ligação por último
E dizer o que a flor diz
Quando se disfarça de nascer do sol
Pra aterrissar nas asas do olhar de quem se ama
Esperar por ele motiva minha razão
E locomotiva minha emoção
Reencontrá-lo faz uma hora
Ter o mesmo valor da vida inteira que tenho pela frente
E quando meu sentir percebe que ele
Sutilmente enfrenta a flecha envenenada dos tabus
Pra estar comigo
Cada dia vira um jeito de achar, sem precisar de lupa,
Pistas de um caminho que não se cansa
De andar com ele de mãos dadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário