24 de setembro de 2020

O corpo inconsciente e o desafio

 

Forte Orange - Ilha de Itamaracá
Foto: Karla Vidal

Meu corpo se cohecendo 

Um se tocado por quem me lê

Vencendo comigo um inconsciente corporal repressor

Que tenta sequestrar meu peito aberto às tempestades

Minha espinha ereta diante da cachoeira


Escolho quem me desafia

E espero que ele não tenha medo de ser escollhido por mim

Porque quando ele chega o coração do meu coração acelera,

Mas o nome da minha alma passa a ser calma


Tenho vontade de de vez em quando

Descontar em quem me desafia

O desejo de que ele tenha o melhor que existe

Depois do antes e antes do depois de ele ir dormir


No meio do futuro incerto

Poder olhar você que sabe que é o meu você (espero),

Enquanto dorme,

Será como um ipê florescendo no canteiro do talvez

Mais decidido que o Assim Seja abriga


E deitar no abraço de quem me desafia

Será sombra aconchegante para o Faça-se a luz


Falo sobre o que será

Porque o já é é maravilhoso

Mas, o maravilhoso acha tão bom quando

Tem chance de dormir abraçado com o ainda melhor


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