Foto: Karla Vidal |
Zap
O primeiro zap sempre quem manda sou eu
Nunca sou eu a primeira opção de carona
Sexta à noite, você prefere deixar pra me ver sábado de
manhã
E tua vontade de me beijar só tem tido coragem de ser um
aperto de mão
(mas, de vez em quando, ainda bem, que um abraço desmente
essa estatística cruel)
Quero que cuides de mim, ser cortejado e experimentar como é ser visitado
por teu zap e depois por teu toque
Pois não pretendo que nossa ligação caia em nenhuma caixa
postal
Não consigo enjoar de você porque o apaixonar-se por ti ensina
a Cupido,
Toda vez que te revejo, um novo detalhe de tai sabaki
Voltei no tempo pra mostrar a quem te traiu o anjo lindo que
ela desperdiçou
E pra te convidar a dançar quadrilha comigo no quarto escuro
da adolescência
Não é meu objetivo te monopolizar,
Mas quero te pedir que você queira precisar ficar uma noite
no meu apartamento
Que você precise me ajudar a trocar a luz
Acendendo o luar dentro do meu quarto
Inventa uma desculpa pra se convidar pra minha cama
Que eu acho uma passagem secreta nos lençóis para mergulhar
de cabeça no teu abraço sonolento
Nessa hora, vou querer que seu corpo conte ao meu as
cenas censuradas de Californication
A rosa dos ventos apontava na direção Norte
Quando te encontrei de uniforme, pela primeira vez,
Meu coração, infrator nato
Não se acanhou de fazer estacionamento proibido
No teu sorriso de bom combatente
E só queria te pedir que você substituísse minha infração
gravíssima
Por uma advertência: “Te advirto de que vou cometer a
infração de te beijar na mão e na contramão com multiplicador zen”
Eram 2h2? quando te vi e iniciei um interrogatório, perguntando a Deus se ele era presente
No cenário do dia em que conheci você.
Ele me confessou que se fez presente fazendo de você um presente pra mim
Aproveitei e pedi que na radiola do teu pensamento sempre rolasse uma música de fazer feliz
Pra ajudar a enfrentar o calor e a dureza de permanecer de pé o tempo inteiro
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