Foto: Cláudio Eufrausino |
Lanterna de cinzas
Fiquei em dúvida se meu amor inventou que tinha uma
doença
Pra que eu ficasse por longe
Pra estar livre do fardo de ser amado por mim
Mas, isso não me impediu de arriar, arriar (tris), no Recife
Antigo
Até perto do sol raiar
O horário de verão já estava hibernando
E meus corações viram cores nunca d’antes navegadas
Fique em paz, meu amor,
Nesta quarta, escrevo para dizer que
Respeito teu castelo de cinzas
E respeito mais ainda minhas chamas desabrigadas
A propósito, ficaria contigo, fosse doente, cego ou
paralítico
Gostando ou não de samba, frevo ou foxtrot
O carnaval te ama e
Não tenho ciúme de te ver dançando de rostinho colado com
ele
Tem doído cogitar que você fica feliz quando me sinto
reduzido a cinzas
E está tão perto de chegar o dia em que entrará pela minha
porta um amor
Que realçará toda a multicor que sabe de cor
Onde está a porta de mim
Que nunca esquecerá o sabor de ser prisma
A quarta-feira de cinzas pediu carona ao momento
Em que as correntes de ar e as marítimas dançam o ritmo da alforria
E, por que não, da libidiberdade
E, por que não, da libidiberdade
A quarta-feira, apesar de ingrata, chegou antes de você trazendo um monte de pétalas
Embriagadas de Eu te amos
Embriagadas de Eu te amos
Depois dessa visita,
Não é que acordei parecido com o Lanterna Verde...
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