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Torre de Pisa
Por Clistarco Sepúlveda
O carinho que minha mão espera pra fazer no teu rosto
Por Clistarco Sepúlveda
O carinho que minha mão espera pra fazer no teu rosto
É como uma Torre de Pisa que se esqueceu de pedir para não
ser triste
Talvez, preferisse ter caído,
Mas está fadada ao equilíbrio incerto
Desde o teu Não, Desde o teu Pare: desdém?
Estou com medo de voltar a ficar de pé
E acreditar que, pra ti, sou mecha esvoaçante da
insignificância
Tanto já me foi dito sobre quão inútil é o que sinto
Que sinto meu sentir cansado de ficar de pé o tempo inteiro
Te olhando sem sucesso por través de teu campo de força
surdo-mudo e eclipsado
Te escutando, sem que a música possa começar
Falando contigo emudecididamente
Se me fosse dado poder,
Queria afagar teu amanhecer até que a tristeza voasse,
Pois não há céu para estas asas se tu estiveres triste
Meu Alguém que não me pertence,
Não tenha medo de se aproximar,
Pois não vou te ignorar nunca mais
Se o fiz, foi pra não te envergonhar
E, se te envergonho, a chave do meu sorriso se engasga
Com seu próprio desfecho
O que vai ser quando minhas palavras se esquecerem de ti?
Que vontade de dizer o quanto teu novo perfil é lindo,
Mas, vontade maior é a de ver teu rosto altivo, obviando ao
maior prédio do Velho Mundo:
Teu rosto que é península, cercada de óculos escuros por todos os lados,
Menos por um: o do coração: guerra estelar, sem bombas,
Doçura corsária, que, do interior de uma ostra onde El Condor Pasa,
Proclama-se pérola
Acho que um dia posso ter estragado tudo,
Amor da minha vida: mesmo que seja só durante um noventa e
nove avos de segundo...
Quero te receber na viagem de volta,
Mas, me faz feliz ver teu coração Nobre dando carona aos
aviões e aos pássaros
E aos oceanos que espionam o estreito do teu abraço
Me faz feliz ver a Europa aterrissando nos ares da tua
liberdade
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