Leveza - Binho Martins (Brasil/SP) |
Uma tarde com a leveza - Por Alzira Reis
A leveza pediu uma taça de chá
E tomou sorrindo uma xícara de champanha
E deu um abraço tão apertado no medo
E tomou sorrindo uma xícara de champanha
E deu um abraço tão apertado no medo
Que as correntes se romperam
E o mar pôde levantar voo
E conhecer o céu
E pude ajudar um amigo a quase crer
Na vida
E pude ajudar um amigo a quase crer
Na vida
E o quase entre amigos que sorriem juntos
É a ponte que, nos descaminhos, conduz ao amanhã
Passado e futuro, por um instante,
Viraram doce de leite precipitado nos abismos
da xícara
da xícara
E pude prever um portentoso presente
No balé
Dançado em câmera lenta pela borra
do café
E me senti tão leve
Sendo eu quando pensei que só podia ser nós Sendo nós quando pensei que só
podia ser eu
podia ser eu
Podia ser nós Sendo eu quando pensei que só
Podia ser eu
Que uma rosa emergiu das luzes de minhas águas
Dos mares de minha doçura , doce ira, que a Alguém pertence
Das nuvens de meu mar
Do meu que não precisa ser meu
.Para
me possuir
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