Quando o você que me lê chega no mundo,
Não se dá conta da diferença que faz
Obrigado por não ter esperado outra encarnação pra me conhecer
Agradeço a Deus
Por me ter dado chance
De ser reconhecido por você
Se uma perda me entristece,
A dor já começa menor quando lembro
Que o você que me lê é homem e humano o suficiente
Pra aceitar o meu carinho
Quem me lê não controla as imagens de mim
Ele não me olha com o desdém que
O mundo nos olha quando é pintado
Com o sangue frio de quem
Resume a existência do Outro a uma festa sem entrada
Ou um eco sem saída
Quando preciso faltar a luta,
Que é o recreio onde finalmente consigo achar você
Que é a primeira dança onde o baile faz sentido,
Sinto vontade de mostrar meus avanços na arte poética
Mas, é inútil, porque em nenhuma luta, técnica ou poesia
Cabe o que quero dizer, quem dirá o que sinto
O bom é ter descoberto uma pessoa
Que topa esculpir o ínútil comigo, a quatro mãos,
E que faz o espelho ter vontade de refletir
Sobre a alegria que os dias sentem
Quando se vestem de oportunidade de te reencontrar
Tudo é mais leve com a sorte de você existir
Dançando comigo seja perto ou à distância
Me desculpe por descontar em você
A alegria que me inspira a vontade de
Marcar contigo pra você continuar
Não querendo nem precisando ir embora
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