Olhar o você que me lê dormindo
Seu cansaço, falta de foco, desatenção vigilante
E ele fica ainda mais bonito
Porque, mesmo à distância,
Sinto o rosto dele aterrissando no meu carinho
Gosto dele muito
E quero seguir gostando sem trocar de corpo
Quando eu fizer uma piada,
Não esqueça que só quero brincar
De fazer cócegas no sol
Que existe em você
Um incerto medo de que ele aceite usar o perfume que o mundo usa:
Perfume de desistir do outro, um outro que seja eu
Fico escolhendo lugares pra dizer ao você que me lê
O que sinto com todas letras,
Mas, tenho receio de que o que ele sente tenha três letras sós: não
E como o Sim também é formado por três letras,
Fico esperando por estas letras que
Em vez de me matar
Me chamarão pra dançar
Sei tudo que quero dizer
E o que preciso ouvir,
Mas tem precaução pendurada
Na nossa bandeira pirata
Como dizer
Sem (se) perder?
Só a poesia ousa essenciais respostas inúteis a essa pergunta
É ele que escolho pra me ensinar
A caber no abraço descabido
A desafiar meus beijos
A ser o risco do para sempre
Acabar e recomeçar até (des)cansar
Os meus Dias de Fico
São pra ser com ele: perto ou longe
Sem abrir mão
Das cartas de amor ridículas
Que o você que me lê
Pode ler no meu corpo
Do qual não abro mão
Pois sou homem e mulher o bastante
Pra ser lido por ele em braile
E enxergado como sou
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