Uma parte de mim queria que eu fosse acerto por inteiro
Pra que o você que me lê não queira-precise achar o endereço da vontade de ir embora
Quando eu erro, com ele estando por longe-perto
O erro se torna semente e diz verdades sobre quem sou
Sem me induzir a acreditar que pra acertar é necessário dar pausa em mim
Por mais que eu trave, quando o acerto não chega no tempo e espaço necessários,
O quem que me lê constrói comigo uma chave que abre a represa do meu potencial
Seu rosto é lindo,
Mas é mais bonito ainda o que consigo ver nele de olhos fechados
Senti-lo vivo, lutando distante-ao-meu-lado
E ajudando os dias em que não nos vemos a se enxergarem
Como preparação: igualmente valiosos
É do você que me lê a primeira dança, a primeira segunda, a primeira terceira,
A enésima, a última primeira
Na festa do cotidiano, enfeitada de falhas, servindo sonhos
Os tropeços da realidade ganham sabor e luz
E repetir o traje do novo dia, de lírios, de orquídeas,
Tem sido alegria sem precisar ser como nunca nem como sempre
Porque a raiz dessa alegria é saber que, com ele,
Posso praticar como me despir da vergonha
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