A poesia me vê tão sem jeito de dizer o que sinto
Que toma posse do que escrevo
Daquilo que precisa do bater cardíaco do você que me lê
Pra se fazer ouvir em silêncio
Tudo tem sido tão antigo e novo e tão bom
Com ele, minha timidez deixa a veste do embaraço pra trás
Chamá-lo de anjo devolveu voo para as asas que não preciso ter
Um abraço só dele acorda em mim quase todo dia
Quase porque com ele não penso em viver só de beijos,
Mas de olhares e gestos sutis
De estar por perto lá onde as mãos não alcançam
Como um corte balsâmico de espada
E nos dias sem poesia explícita
Os vestígios de mim espalhados nas pegadas do destino-acaso
Possam rimar com o desejo de que o brandir da vida
Ache nele a medida exata do fio e do desafio
Minha convicção está calma, aprendendo com você a respirar
Sem medo de deixar amanhã para a poesia
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