Foto: Cláudio Eufrausino
Depois que conheci o você que me lê,
Não há mais hora marcada no meu pensamento
Embora eu goste de fingir que nas horas com ele
A alegria agenda o renascer do sol
No dia em que ele deixou de vir,
E eu sem querer tinha esquecido o motivo,
O mundo ficou tão sem ele
Que a força da gravidade se levantou preocupada
Cambaleando pra cima
Quando ele volta,
É como se abraço e beijo
Se fundissem pra desconfundir
Os capítulos de Yin e Yang
Que a poesia me escreve
E pra sinfonizar os barcos errantes, dissonantes
Do meu céu-inferno nunca assim navegado d'antes
O você que me lê é um presente
E não precisa me convencer
Nem tem obrigação de sossegar meus quandos e porquês
Ele é livre pra ser dono de mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário