4 de novembro de 2020

Poema de depois

Foto: Karla Vidal



Depois de encontrar o você que me lê,

Até os medos me deixam mais corajoso,

Incluindo o medo de o perder pra o retorno da vida normal

Queria ter mais tempo pra junto a ele fazer do bom combate

A melhor desculpa pra estar ao lado de sua proximidade-distância 


Acordo querendo que o sol, antes de nascer no horizonte, nasça na alma dele

(ou pra ser mais impreciso na sua estrutura neuropsíquica)

Depois de experimentar a luz dele, ando até dando pra amar os inimigos logo depois de acordar


Depois de você, tenho desaprendido algumas certezas

Que me descartavam, fazendo-me logo pensar que inexistia sob determinados aspectos

E estou certo que você desaprendeu comigo uma ou outra certeza,

E tem em mãos a senha pra superar a tensão superficial 


que separa os corpos, tornando-a em abraço


Tomara que a vacina não traga como efeito colateral

Um mundo em que eu exista pra ele como um candidato

De um partido inexpressivo existe para o horário eleitoral

Ou como uma broma por detrás da bruma


Por mais desprestigiado que seja meu eu partido,

Inteiro ele está pra ser lido por você: da ponta dos pés até o beijo 


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