Fonte da imagem: IStock |
Em qual de minhas sete vidas, a solidão deixará de ser
encarnada e de ser rosa?
Quando a coincidência entre a linha da minha vida e a linha
do destino do meu amor me perdoará?
Por que minha esperança enxerga o sim dançando revestido de
nudez se quem dança comigo é o não com seu pesado traje enlutado?
Onde o perder-se em teus braços experimentará ser tua espera
por minha chegada?
Que horas são se os minutos perto de quem amo são feitos de
nano-segundos,
Se os segundos longe de quem amei são pesados como o veneno
das (h)eras
E os anos perto de quem amarei lembravam ventos que remam
contra as marés deste réu
Que não acham hospedagem em nenhuma prisão?
O que faço se descobri estar preso na liberdade?
Quem é o culpado pela fé que mantém acesa a espera do beijo
que me acena triunfante do final da corrida das improbabilidades?
Quanto há de durar minha vida, invasora do país da gana, desertora
do exército das citações, cansada de convencer o cansaço de que ele foi
vencido?
Posso dirigir depois de beber deste cálice cheio até a borda
de meias-noites?
E acordar de ressaca, como um mar que convidou a lua pra se
esconder no colo da sede de viver?
¿Hay que perder el jamás pero sin endurecer la ternura?
Quem é o tolo que acredita no que escrevo, mesmo sabendo que
o que escrevo é a mais pura verdade?
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