Fonte da imagem: Blog Ásia Comentada |
Impossível saber ao certo se o texto nunca será lido ou se sempre o será
O único leitor garantido de um poeta é o Talvez
Quando se escreve, o poema é destinado a uma única pessoa
Que talvez nunca o lerá
E, acidentalmente, pode se tornar propriedade privada de
todas as gerações
Pelos ecos dos séculos e confins: Amemos!
A ti, arco e alvo destes versos brancos
Preciso te dizer, na fratura exposta deste segredo, que
Minha única pressa é ser um dos elétrons que compõem o
orbital da tua alegria diária,
Quero fazer uma ligação covalente pra ti
E, de repente, despentear teu cabelo até as preocupações e
temores entenderem que
Teu coração é maior
Aos outros que me honram apropriando-se indebitamente desse
texto
Digo: Não se preocupem. Não os culpo
Pois assim que começaram esta leitura cheia de finalidade
sem fim, vocês se declararam presos em liberdade incondicional
Este poema não foi escrito para todos, somente para você
E pra ti
O trânsito para com teu charme e flui com tua integridade e
despretensão
Minhas rimas recebem muitas flores de lótus
Quando tua timidez orvalha carinho sobre minhas noites
Sem esforço, calaste o Fuji e, por tabela, o meu fugir
Fique tranquilo, Japonês é mesmo uma língua difícil
Mas, o beijo, tradutor universal, é capaz de vencer barreiras linguísticas aos montes
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