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Paraquedas
Por Linav Koriander
Vulgar telepatia,
Dá-me teu auxílio
Ajuda minha falta de coragem
A transpor os muros entre mim e o Nobre
Não quero ler pensamentos: prefiro ser extrassensorialmente analfabeto,
Pois o amo demais e não quero represar-lhe o sétimo sentido
Deus me deixou encontrar, no seu baú sem porteiras,
Uma Aliança de raios de luz e não grilhões
E é, com esta aliança, que proponho casamento aberto
E que este Alguém sente ao meu lado,
Para juntos modelarmos a chave da liberdade que nos possa unir
Ajuda-me, meu anjo,
Pois o que mais me angustia não são as meias palavras,
Nem os silêncios, que, tantas vezes, falam mais que o próprio dito
O que me angustia é a incertitude dos meios silêncios
Joga-os fora pra que possa te abraçar
Moisés, Abraão e Cristo pediram ao Nobre: Fica na Aliança!
Eles dizem que se fores embora, o mar vermelho vai virar uma ferida incapaz de fechar
Faço das palavras deles as minhas
Quero que tu possas ler meus pensamentos
Por um minuto
E veja-sinta-ouça-transcenda o carinho que sinto
Pelo Nobre, o mar em mim fecha os olhos e dá um salto de fé
Quando Deus abre uma brecha no acaso ou uma trilha no destino para que eu te reencontre,
Os sonhos ganham permissão para acordar minha vontade de reinventar-me
Não tive coragem de dizer que te amo
E pedir carona a teu abraço
Medo tenho de não significar nada pra ti
E se eu te sou importante, o mar perde o medo de se tornar cachoeira
E procurar em teu peito um paraquedas
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