4 de fevereiro de 2015

Poema para uma amiga sereia aquariana



Poema para a sereia aquariana

Por Clistarco Sepúlveda


Peço sempre a Deus que meus amigos não fumem
E quando a mãe d’água parou, pensei comigo: Deus é uma figura!
E a correnteza era que só aplausos.
Palavra: teu nome é exagero
E fazes até da simplicidade mais simples uma grandeza telescópica
A poesia fez alguns terem medo de mim
Outros pensarem que sou louco
E o pior: outros pensarem que sou poeta mesmo (a)
Mas pra que tanto medo, se é de amor que o barco é feito
E não de redomas?
Não sou domador, nem juiz e espero pelo dia que minha amiga linda
Possa me dar a honra de uma contradança e, assim,
Possa emprestar seus cabelos ao vento que ventaneja: para que ele possa ter rosto
Minha amiga, que não tem medo dos poetas, nem dos loucos e que faz o mundo falar
Com doce rouquidão sem vergonha de dar o que tem pra dar
Minha amiga que não tem vergonha de eu ser gay, hetero, sotero, Pernambuco, Caruaru
Ela não espera que eu esteja lá pro que der e vier porque pra ela estar com alguém é poder ir e vir como as chuvas do Equador
Esse é o amigo que tens, rosa
E outros te terão como girassol, como Boa-Noite, como dália, como Perpétua (desprisão)
Amiga que nos dá paz para sermos as mais variadas flores
Deve ser meio artificial o que escrevo
Se for, que os artifícios virem agora:


Queima de fogos próximo à Torre Eiffel | Foto: EFE


em homenagem ao dom da vida tua

Do amigo,


Cláudio Clécio


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