Poema para a sereia aquariana
Por Clistarco Sepúlveda
Peço sempre a Deus que meus amigos não fumem
E quando a mãe d’água parou, pensei comigo: Deus é uma
figura!
E a correnteza era que só aplausos.
Palavra: teu nome é exagero
E fazes até da simplicidade mais simples uma grandeza
telescópica
A poesia fez alguns terem medo de mim
Outros pensarem que sou louco
E o pior: outros pensarem que sou poeta mesmo (a)
Mas pra que tanto medo, se é de amor que o barco é feito
E não de redomas?
Não sou domador, nem juiz e espero pelo dia que minha amiga
linda
Possa me dar a honra de uma contradança e, assim,
Possa emprestar seus cabelos ao vento que ventaneja: para
que ele possa ter rosto
Minha amiga, que não tem medo dos poetas, nem dos loucos e
que faz o mundo falar
Com doce rouquidão sem vergonha de dar o que tem pra dar
Minha amiga que não tem vergonha de eu ser gay, hetero,
sotero, Pernambuco, Caruaru
Ela não espera que eu esteja lá pro que der e vier porque
pra ela estar com alguém é poder ir e vir como as chuvas do Equador
Esse é o amigo que tens, rosa
E outros te terão como girassol, como Boa-Noite, como dália,
como Perpétua (desprisão)
Amiga que nos dá paz para sermos as mais variadas flores
Deve ser meio artificial o que escrevo
Se for, que os artifícios virem agora:
Queima de fogos próximo à Torre Eiffel | Foto: EFE |
em homenagem ao dom da vida tua
Do amigo,
Cláudio Clécio
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