Foto by Karla Vidal |
Poema do sol nascido em óculos escuros
Quando minha caricatura achou graça no meu rosto sem face,
Entendi que eram de amor desacreditado, mas ardente
Aquelas marcas
indeletáveis de expressão
E, como era possível – perguntava-me –
Teu carinho ser, ao mesmo tempo, trilho e estação
inatingível,
Desenhados no meu olhar à deriva
Olhar que preferia te rever a reencontrar a terra
firme
Tentei querer te desejar o mal, mas uma franqueza acobertada
pela ternura
Sugava do mais eu que havia em mim
O teu futuro mais lindo
E te ver sorrindo, elegante, com planos, e com aquele olhar
esperançoso
(Que faria nascer o sol em quaisquer óculos escuros)
Me trazia de volta o rosto com face e sorriso
E o resto virá por acréscimo
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