Em construção.
.Poesia, tu que és sincera, sem correr o risco de ser verdade
Ajuda-me a, por ontem, não precisar abastecer com Bons Dias
e Obrigados
E, que, na noite passada, eu não precise ser a clarividência
do profeta Daniel
Vinte anos atrás, não sinta eu sede de decifrar nos abismos
O istmo que me conduzirá ao “Estou sendo amado”
.Meio minuto antes de anteontem, tomo uma Twister
E meu coração caminha descalço pela corda inativa do
desequilíbrio
Que o “Nos outros episódios de mim” desvende o abraço que
insiste
Em me acenar como um cativeiro que trancou o sequestro do
lado de fora
Debaixo de uma chuva que molha a todos menos a mim
.E de um sol desafinado, diminuto, sem clave para chamar de
sua
Depois desse chá de resolução, meu Há 4 anos não quererá
esperar tua ida até o carro
Para encontrar em ti novas formas de embebedar a lindeza de
significado
E escutar meu descanso batendo no teu peito
Peguei no sonho só por cinco eternidades
E, antes que acordasse, tu vens e repaginas o tempo
E ele vira plateia sem aplausos
Pedindo que eu permaneça no picadeiro
.Sopra nos eu-te-amos que estão ardendo
Represados nos amanhãs não germinados
Nas cenas dos próximos capítulos que procuram a saída
Neste labirinto de antes e de talvezes
Minha coca-cola está lá, desconsolada,
Esperando pelo teu sorriso que não chega e que é mais do que
suficiente
Para excitar minha alma, como se ela fosse o mais doce
versículo
Que um texto apócrifo já escreviu
.A gaveta, há 4 anos, me pergunta quando terei a chance
De te dar de presente aquela camisa com estampa de Hulk
E, meu carinho procura em teu corpo uma brecha biométrica
Capaz de acionar teu descanso no meu colo
.E que, neste segundo que acabou de soluçar,
Mais um eu-te-amo se desdiga
Pois nossa cama viverá, até o parto do sol,
Dos nossos silêncios disfarçados de rostos que se roçam
De nucas que se apalpam
Rumo às fronteiras do “Por Que Não?”
.Sonhei que te conhecia novamente
E todos os punhais de superstição
viraram do avesso
Você sorriu pra mim pela primeira vez
(charme de dentes incisivos)
E eu deixei de ser aquele velho misto de
Carne osso e invisibilidade
Não consegui aprender ainda a deixar de ser, a seus olhos,
Desimpressionante
E meus pés e mãos trocados
Sentem-se tão frios
e meu corpo se sente
Tão desabraçado
Sei lá, bobagem de quem há uns 30 anos
Pede licença ao espelho
e pede à rua para convidá-lo a sair
Acho que meu anjo (que não me pertence)
Já deve ter me esquecido
E me traz tanta saudade
Que seria, talvez, menor
Se fosse seu nome somente venezuelana cidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário