Hatsuhana doing penance under the Tonosawa waterfallFonte- Wikimedia Commons |
Por Jose Luis Paredis
Que meu amor acredite em mim
E as mentiras a meu respeito não sejam maiores que a pureza
guardada pelo desejo
De que ele seja feliz
Que as palavras pesarosas não tenham mais peso que a leveza
guardada pra ele
No melhor coração que trago plantado em meu peito
Que após conhecer este coração, meu amor não precise mais
fumar
E seus barcos joguem fora as âncoras
Que coravam de timidez suas irresistíveis bochechas com
aroma de despedida e de cânfora
Que dentro dele...
Que dentro dele não tenha eu domínio
Pois, a beleza que dele me atraiu transborda a festa de
independência
Cujo júbilo pode ser ouvido através das portas de seu sério
olhar
Que o carinho que faço, à distância, no seu rosto lindo
Chegue preparando o terreno para o sonho que não teme ser
realidade que não teme ser sonho que não teme ser realidade que não teme ser
sonho que não teme...
Que minha poesia não machuque o meu amor
E que ele saiba que para mim ele é Alguém, sem nunca ser um
pronome indefinido
Que os equívocos suscitados na face oculta da lua possam ser
desfeitos
Pois é o amor e não a mentira que calça a lua cheia
Bordada por um não sei quê de mistério que se exibe às
margens de uma clareza límpida
Que o que não conhecemos um do outro inspire o ouro a abrir
mão de seu valor
Para que o abraço garimpe a preciosidade de bateres
cardíacos que se encontram
Contraem-se e distraem-se sem trair-se
Que meu amor vá, mas volte
Que não zombe de mim quando eu o amar incondicionalmente
Sem quê nem porquê ou pra quê
Que seja assim: amarmo-nos sem deixar desabrigados na
friagem
Os talvezes e os nãos
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