Elvis Photo credit: Claudio Arriens via VisualHunt.com / CC BY-NC |
Cartão de descrédito ou poesia secreta de Elvis Presley
Chamei pelo seu nome
Chamei pelo seu nome
E tive como resposta um olhar seco
Queixo arrebitado
Ao fundo, um instrumento frio, na clave de Far, exalava uma música hostil perguntando: “O que esse
indivíduo acha que pode querer comigo?”
Se minha presença lhe é, de fato, indiferente, a piada
fúnebre se repetiu
Se a indiferença é sua máscara de proteção, você finge bem
Porque faz minha esperança latejar de dor e cansaço
Você deve ter feito, enquanto dormia, um curso intensivo de sem-cerimonial
E aprendeu a me desconvidar para todos os feriados prolongados
Prolongando-me feridas
Prolongando-me feridas
Vou tentar dormir hoje sem me sentir menos importante que o
cartão de descrédito
Que você não possui ainda
Hoje seu agradecimento foi estéril, do hálito pra fora
Acompanhe a dançarina
E me deixe voltar sozinho escoltado pelo risco de assalto
Pelo pouco importe-se de desarmamento
Ensaie o ritmo inerte da norma morna,
Da conveniência enganaredentora
Eu te amo.
No fundo, o que eu tenho pra te oferecer?
Além do toque mais suave que a eletricidade já esculpiu
De um abraço mais acolhedor que o retorno ao jardim que teu sonho planta antes de dormir
Do prazer mais intenso que o segredo grafitou na muralha
estelar?
Não se preocupe. O dobrar dos meus sinos não se chama
deslealdade
Meu amor é puro e intenso o suficiente para trocar os
alto-falantes
Pelo teu pé de ouvido
Em tempo: não cobro anuidade
Juros ou sequer Prometos
PS.: Seu machucado me preocupou.
Em tempo: não cobro anuidade
Juros ou sequer Prometos
PS.: Seu machucado me preocupou.
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