Foto: Cláudio Clécio |
O Menino Jesus representa o poder do pequeno, do frágil, do
desamparado
E que ainda assim é capaz de fazer a estrela mais brilhante
se tornar coadjuvante
O ouro mais precioso, o incenso mais sensato e o perfume de
maior valor
Não cabem a grandeza do pequeno Amor que teima em nascer
Onde não haveria lugar para
Jesus Menino visita nossos não-lugares
As portas fechadas em nossa cara
Nossos gestos pequenos, seja pela humildade ou pela
mesquinhez
Um rei temeu um bebê desarmado
Porque ele trazia uma luz mais forte que qualquer derivado
do núcleo dos átomos
Uma luz gerada da intersecção entre o vibrante não-lugar da
esperança e o sempre-lugar do Amor
Esse ano, eu te trouxe, de presente, muita diplomacia cautelar,
muito estar no fio da navalha, entre a radiante verdade e a tal da pós verdade
e também muita birra misturada com Aliás...
Meu amiguinho, tudo que é pequeno e frágil e sangra e
ensurdece diante dos mísseis
Tudo que é deserto e anseia pela força milagrosa de uma gota
de água
Te exalta
Os brotos de sempre-viva elogiam teu sono
E as pradarias se deliciam com teus sonhos
Pouco importa se você nasceu três anos antes ou depois
E, sendo Maria, virgem ou não,
Todas as mães, que dão à luz com o coração,
Te ninam
Rebobina a Estrela Guia
Porque o reencontro não é inimigo da saudade
Prazer em conhecê-lo
Feliz o Natal que mora no teu nome.
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