Feliz Ano Novo antecipado
Por Jose Luis Paredis
Na orla da tela do computador, duas janelas se revezavam:
Uma em homenagem a Nietzsche, outra em homenagem à
pornografia
Ambas as janelas igualmente obscenas.
Tive de deixar o Eu te amo do lado de fora, ao relento
Porque os Eu te amos não nos ajudam a caber na roupa (in)justa
da normalidade
Sonhei em fazer a contagem regressiva para o Ano Novo,
ensaiando um tango entre nossos dedos mindinhos
E o resto de nossos corpos seriam consagrados à safadeza com
intervalo para carinhos doces imitados do quebrar das ondas
Quando fores bater à porta do Feliz Ano Novo que não me
desejaste e do Feliz Ano Novo que, talvez, não me darás,
Arromba-me a porta da mágoa e encurrala-me até eu não poder
mais escapar de teu olhar cabisbaixo
Quer continuar a ler, livre-arbitre-se
Não quer, dane-se pro Céu
Mas antes de choveres teu nojo e tua vergonha em cima de mim
Me deixa ligar o guarda-sol
Peço a Deus que enguice todos os boatos maledicentes que
sopram em teus ouvidos-mente
Inclusive o boato de que às terças e quintas sou psicótico e
às sextas bipolar
Desmagnetizem-se os polos Sul, Norte e ES sudoeste,
Pois gosto de ti pelo que és.
De verdade
E todo exagero meu, o peso
Se desmentem diante da leveza da verdade do que sinto.
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