14 de agosto de 2014

Poema detector de insubstituibilidade

Una rosa negra - Fonte da imagem: Unicamor.com


A Tonho e Mariinha, ao casal Campos e a todos os casais que se amam e amarão depois do depois

Insubstituível
Por Linav Koriander


Sem se dar conta, a luz, hoje, caminhou em marcha lenta
E carros cabisbaixos fecharam os olhos em prece
Tu és tão insubstituível, em cada gesto e contragesto
Que toda distância e ausência serão vencidas, fatalmente,
Pelo Reencontro
Pois o universo não conseguirá ficar muito tempo
Sem sorrir no teu ombro
Sem orar por teu sorriso

Valeu a pena e o passaredo
Encontrar em ti a insubstituibilidade
Que desenha o sabor do sal da terra
E acende o pavio da luz do mundo

E tomara que Deus permita logo que teu afago
Venha corrigir a miopia da distância,
A hipermetropia do vazio
E esta dor presbíope
Pois a impressão indelével do teu abraço caloroso
Justifica a espera da esperança cega
Que anseia por te rever
Depois que teu olor humano terminar
De driblar o nevoeiro da calejada invisibilidade
Que, inutilmente, tenta me separar de ti

Grande amor.

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