Colagem - Karla Vidal
Você receberia quanto pra deixar eu ser seu amante?
Não pergunto por achar que você tem um preço,
Ou que o amor tenha preço (culpa da curiosidade jornalística)
É porque, na modalidade de consultoria, não haveria, talvez, lugar para a timidez
Uma cláusula contratual poderia afastar o medo de que, depois do amor,
Viessem cobranças ou represálias, de ser alugado por qualquer tipo de dependência
Na verdade, pagar seria fazer de conta que o amor é pago
Como quem abre um paraquedas pra aliviar a leveza da imensidão
Fazer de conta que o amor é pago pra atenuar a curiosidade
De saber como é sentir sua respiração (a)tingindo minha aura
E me revestindo de clímax
E, se houver outra (s) amante (s), não quero tomar conhecimento
Basta que esta pessoa saiba que não pretendo ir embora
Que meu segredo vai continuar inventando novas maneiras
De não esconder de você o quanto me orgulho,
O quanto é bom você me carregar nos braços enquanto voa
O quanto vale a pena desafiar o espaço-tempo pra ensinar meu dia-a-dia
A fazer parte do seu
Que sua próxima viagem seja linda como a lua que brinca
De ser brinco de pérola dos jardins de você
Vá, mas sempre volte
Porque quando você volta tudo que possa ser escuridão se apaga
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