Não sei por que sinto ciúme quando a França posa pra fotos e é curtida pelo você que me lê
Se toda foto é curtida, será amor? C'est ça?
Se o você que me lê e me sabe gosta de mim e da França, não vejo problema: acredito no poliamor
Mas, tenho receio de que ele goste só da França e não queira ver minhas costas nuas
Não posso evitar a vontade de fazer amor com o você que me sabe e que também curte todas as imagens da França
Acredito que eu devo ter importância e lugar no coração dele
E, se ele gosta quando o tiro da zona de conforto, espero que tire proveito do conforto que tenho a oferecer
Quero que o meu abraço o faça sentir a maciez do sol e o cheiro da loa (de Luanda)
O você que me sabe precisa compreender quando conto a ele meus desejos
Porque poder falar com ele sobre isso é a preliminar das preliminares
Além disso, entendo o desejo como uma carta que
Só deve ser lida por quem tem licença pra abrir nos meus poros
Os gêiseres do amor correspondido
Depois de curtir as fotos da França, volta pra nosso reencontro
Porque até a distância sente falta de ter o você que me lê por perto
De lírio em lírio, meu corpo só se sente são e salvo quando é esculpido pela voz e pelo olhar
Do você que me lê com seu toque de lira, acompanhando algum cântico de Salomão
Olha os meus delírios de campo e vê como eles se despem,
Conscientes de que querem estar perto-longe de você onde você flor
Nenhum comentário:
Postar um comentário