Foto: Karla Vidal |
Muitos futuros incertos vieram ninar o show pirotécnico que
acordou em mim
Neste Novo Ano Novo
Antes que os fogos se tornassem verde-esperança
Um jornal me prometeu que 2014 seria o ano dos concursos
Mas, lá do Céu, um silêncio com jeito de vida eterna: grávida do Grand Canyon,
E atravessada pelo rali dos perdões,
Disse Eu te amo: amor que dispensa estágio probatório
E vem ornado de abraços não-dados,
De admiração-não-declarada, sonegada pela timidez e pelo
apego a regras de etiqueta
E, de uma fuleira tentação de descrer do ser humano, o Ano
Novo arranca impetuosamente
Um segredo caloroso como as asas do Espírito Santo
E, assim, os abraços não-dados não conseguem mais disfarçar
O elogio mais gostoso que o coração terreno foi capaz de
ensinar aos anjos
Os abraços não-dados, serão, em 2014, somente o primeiro ensaio do amor
infinito
Que não precisa ser pesado como uma Mercedes com vista para
a Torre Eiffel
Mesmo a declaração de carinho que não teve e, provavelmente,
não terá a chance de a ti chegar
Já conseguiu te fazer lindo e vitorioso, ao jogar fora os
pódios
E segurar no colo teus sorrisos bobos, teus comentários
desastrados e teus gestos
Estabanados: joias raras que enfeitam tua retidão florescida
em linhas tortas
O Ano Novo traz, para ti, o orgulho, a admiração que ardem no
coração do céu
Antes de sonhares, tuas conquistas já são admiradas
Porque os sonhos e as conquistas são a desculpa que aqueles
que te amam
Encontram para ficar mais tempo na tua companhia
Este Ano Novo chegue a ti com flores desarrependidas
Com menos Europa e mais cafuné
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