Rita Lee, vestida de Nossa Senhora, durante show em 1995 |
À amiga Hozana, que conheci em viagem à França e que me acompanhou em visita a Notre Dame e à Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
Ela é uma canção bastante conhecida, em sua forma instrumental no ritmo de samba, tocada em shoppings e outros estabelecimentos comerciais no período natalino. Não me refiro a Jingle Bells, mas sim a Meu Bom José. Gravada em 1970, foi o primeiro sucesso solo de Rita Lee.
Ela é uma canção bastante conhecida, em sua forma instrumental no ritmo de samba, tocada em shoppings e outros estabelecimentos comerciais no período natalino. Não me refiro a Jingle Bells, mas sim a Meu Bom José. Gravada em 1970, foi o primeiro sucesso solo de Rita Lee.
A música é uma versão de Nara Leão para Mon Vieux Joseph, de autoria do egípcio, naturalizado francês, Georges
Moustaki, cujo nome de batismo era Giuseppe Mustacchi. Ele faleceu este ano no
mês dedicado pela Igreja a Maria, isto é, maio.
A balada fala sobre a paixão de José por Maria e como essa paixão o fez abrir mão de uma vida morna e pacata por outra na qual teve de enfrentar o exílio e presenciar o início do cumprimento da profecia de Simeão, segundo a qual Maria teria seu peito atravessado pela dor por conta das ideias de seu filho Jesus, que contrariavam a estreiteza das ideias vigentes.
A balada fala sobre a paixão de José por Maria e como essa paixão o fez abrir mão de uma vida morna e pacata por outra na qual teve de enfrentar o exílio e presenciar o início do cumprimento da profecia de Simeão, segundo a qual Maria teria seu peito atravessado pela dor por conta das ideias de seu filho Jesus, que contrariavam a estreiteza das ideias vigentes.
Poucos anos depois, Rita Lee fez outra música chamada De
Novo Aqui Meu Bom José, onde tenta fazer uma crítica social à condição de
miséria à qual estavam sujeitos os “Zés” e as “Mariazinhas” trazidos para São
Paulo pelo êxodo rural.
Sendo hoje dia de Nossa Senhora da Conceição, faço aqui
também minha homenagem, lembrando da recente visita que fiz ao Santuário da
Imaculada Conceição, em Lourdes (França). Perguntaram-me qual foi minha
sensação ao chegar lá. Respondo que, primeiramente, tanto meu corpo quanto meu
coração ficaram frios, como se minha vida tivesse medo de estar presente ali e
assumir a emoção que aquele momento significava.
Afinal, uma sensação de desilusão vinha me perseguindo de
perto nos últimos meses e eu ainda não tinha me dado conta de que realmente
tinha sobrevivido a um grave acidente de carro, do qual alguns que me são
próximos chegaram até mesmo a duvidar, visto que não sofri nenhuma mutilação
nem fiquei em estado de coma.
Mas a presença da vida foi entrando em cena no meu coração
bobo e lembrei de mim aos 9 anos de idade lendo diversas vezes um livro
ilustrado que resumia a história da aparição de Nossa Senhora de Lourdes a
Santa Bernadete, cujo corpo incorrupto tive também a chance de conhecer ao
visitar a cidade de Nevers.
Quando essa criança chegou em mim e pediu a palavra, senti que muitas de minhas memórias estavam cicatrizando e que não só meu corpo tinha sobrevivido ao acidente.
Quando essa criança chegou em mim e pediu a palavra, senti que muitas de minhas memórias estavam cicatrizando e que não só meu corpo tinha sobrevivido ao acidente.
Tive a chance de ficar sozinho na gruta de Lourdes e cantei
para ela e depositei numa urna, aos olhos da Virgem, o nome de amigos queridos
e de alguns que, contra a minha vontade, se fizeram meus desamigos.
Depois, enfrentei o desafio de descobrir como abrir as
torneiras que vertem a água benta proveniente da fonte de Lourdes. As pessoas
que ganharam desses vidrinhos de água benta podem se sentir muito amadas,
porque quase perdi os dedos enchendo as garrafinhas e molhando as mãos naquele
frio de rachar.
Lembro também de que foram chegando peregrinos de diferentes
línguas. Fui fotografado por falantes de espanhol que, creio eu, eram
sul-americanos. E me senti abraçado por Nossa Senhora quando estas pessoas sorriram
pra mim, fazendo minha fé, por algum tempo, perder a vergonha de ser convidada
para o baile de formatura.
Te vi, Maria, conversando com um ateu
E o coração dele era lindo, e ele batia o maior papo contigo
Achando que falava com seus próprios botões
Mas, ele nem percebia que o amor que trazia
Fazia seus botões desabrocharem em rosas
E tu as recebias de presente, Mãe
E retiravas das costas de Eva o peso de um mundo macho
E devolvias à natureza o direito de ser dos homens e das mulheres
E das mulheres e dos homens
E dos homens
E das mulheres
E da boa-vontade
Fonte: Downloads Wallpapers |
Abençoa o meu amor, Maria
Assim como foi bendito o amor de José
Que não buscou aprovação do olhar alheio
Mas de teu olhar: ei-lo, o mesmo olhar que
Ajudou Cristo a segurar o fardo das fúrias dos homens e das
mulheres
Dos homens e mulheres
Das mulheres
Dos homens
E da boa-vontade
Para ti, ó Mãe,
O vestido mais lindo, a lua mais desobrigada
O mar onde todas as correntes sejam, enfim, quebradas
Que todas as hospedarias sejam pra ti de incontáveis estrelas
Cuja respiração é o declínio da indiferença e o afogamento
das guerras
Meu bom José - Rita Lee
Mon vieux Joseph - Georges Moustaki
Meu bom José - Rita Lee
Mon vieux Joseph - Georges Moustaki
Harmoniosa sensível tocante e encantadora . Por isso consegue penetraram em meu peito e ficar como uma carícia todas as vezes q esculto está música.Amo.
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