Photo credit: dog97209 via VisualHunt / CC BY-NC-ND |
Peço licença a Jesus para pecar
Mudar as leis da natureza e tingir o salmão de branco;
As luzes das velas de furta-cor
Durante esse jantar, sentar no teu colo
E te pedir que de quinze em quinze dias
Nos encontremos para uma noite de núpcias
Entrega total: sem compromisso
Outro pecado bom e santo: injetar um alto-falante
No teu coração
E descobrir que ele me chama de amor
Com todo ardor que é possível nascer do teu rosto fofo
Descobrir que é só da boca pra fora quando você cita
Petrúcio Amorim
Pra tentar me convencer que não sou eu quem vai te dar na
primavera as flores
Que você sonhou no verão
Não falo de tuas virtudes pra não te deixar acanhado,
Mesmo achando que és a timidez mais linda que já visitou a
sala-de-estar do meu sonho
Só você consegue me salvar da aquaplanagem
Quero ser uma fôrma onde teu corpo ao leite se derrama até
virar o chocolate preferido
(Aquele que vive em constante crise de identidade)
Até transformar em doçura todas as tuas feridas
Toda vez que meu outono te vê
Da flor do meu orgulho caem petulâncias,
E tudo o que minha complicação quer
É ser carregada nos teus braços até virar uma pipa
sobrevoando o amanhecer
Da praia do amor
Estou aqui pra ensinar teu prazer a falar em um novo idioma
Todas as minhas línguas estão a tua disposição
Até mesmo aquelas que são mudas e que não têm medo do teu
jardim
A vontade de te ter por perto desmascara minha tentativa
fajuta de fazer ciúme
Quando der vontade de você sentir raiva de mim, casa comigo
em segredo
E me leva teus sertões enluarados, sorrisos largos, pra
forrar as paredes de nossos abraços apertados
Você é realmente lindo, dentro e fora do espelho da minha
poesia
E dizer que te amo é arma secreta dos meus gestos
Retiro pra minha alma
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