29 de janeiro de 2021

Sobre o acerto e o erro

 




Uma parte de mim queria que eu fosse acerto por inteiro

Pra que o você que me lê não queira-precise achar o endereço da vontade de ir embora


Quando eu erro, com ele estando por longe-perto

O erro se torna semente e diz verdades sobre quem sou

Sem me induzir a acreditar que pra acertar é necessário dar pausa em mim


Por mais que eu trave, quando o acerto não chega no tempo e espaço necessários,

O quem que me lê constrói comigo uma chave que abre a represa do meu potencial


Seu rosto é lindo,

Mas é mais bonito ainda o que consigo ver nele de olhos fechados

Senti-lo vivo, lutando distante-ao-meu-lado

E ajudando os dias em que não nos vemos a se enxergarem

Como preparação: igualmente valiosos


É do você que me lê a primeira dança, a primeira segunda, a primeira terceira, 

A enésima, a última primeira

Na festa do cotidiano, enfeitada de falhas, servindo sonhos

Os tropeços da realidade ganham sabor e luz

E repetir o traje do novo dia, de lírios, de orquídeas,

Tem sido alegria sem precisar ser como nunca nem como sempre

Porque a raiz dessa alegria é saber que, com ele,

Posso praticar como me despir da vergonha



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