Faz algum tempo que não venho aqui,
É que estou ajudando meu livro a terminar de se escrever
Acabei voltando porque, quando escrevo pra você,
Minha alma se sente mais à vontade no meu corpo de delito
E quando desejo você meu corpo se sente mais à vontade, em sua alma, de ser lido
Em 1999 e em 2099, eu olhava o céu, do quintal da Terra;
O atemporal, que serve de cobertor às estrelas, guarda o segredo
De que eu já conhecia o você que lê meus poemas
Pra achar a senha de acesso ao universo que só fará, verdadeira e mentirosamente, sentido pra ele.
Tive a impressão de ter visto a França me assistindo treinar a arte que se alimenta do erro novo e melhor: problema algum, além do ciúme que é tão grande
Imaginar você no interior da França sem estar no meu interior: não consigo sem que as falhas da minha presença remota virem terremoto e me desliguem da sua existência.
Não consigo ser partido ao meio em partes assim desiguais.
Problema é eu compreender, com a presença da França, que eu não sou bem-vindo
Na sua existência
Que você me quer fora da sua semente: verdadeira e mentirosamente
Se a presença da França for sinal de que até minha presença ausente e distante incomoda você,
Vou deixar uma pergunta: como você quer que eu vá embora?
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