19 de dezembro de 2020

Poema do Tomara

 

Foto: Cláudio Eufrausino



Quero compartilhar erros novos com o você que me lê

Até que o horizonte desista de ser ponto de fuga

E me encontre no seu colo


Tomara que, de sempre em sempre,

Você aceite os olhares apaixonadiscretos

Que te escrevo quando não há mais ninguém olhando


Ontem era sexta

Hoje, a temperatura é de 28º

E o planeta diário quer por que quer que 

Eu conjugue o verbo amar


Você esquecer de dizer o meu nome:

Tomara que tenha sido uma chateação passageira:

Só o tempo de tomar ar

(e devo dizer que foi muito importante pra mim

ter sido convidado pra festa

de inauguração da sua chatice)

Tomara que não seja vontade

De me ver indo embora antes de eu não ter chegado

Cogitar isso meio que faz

A tristeza apagar a coreografia dos meus passos


Se eu chegar a mandar você se danar,

É só uma forma de não deixar tão evidente

Que você sabe como ser mais único pra mim

Do que ninguém jamais foi


Os momentos felizes me fazem sentir saudade

Da sua presença: seja de qual tipo for,

Incluindo os novos tipos de presença

Que inventaremos juntos


Até a  internet às vezes precisa cair

Pra ficar um pouco sozinha

Quando você precisar ficar sozinho, 

Mas, como quem não quer nada,

Me quiser por longe-perto

Saiba que tenho coragem

De voar na sua zona de turbulência








 

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