2 de dezembro de 2020

Poema de fim de férias

 

                       Foto: Karla Vidal


O hoje me lembrou de como fui feliz

Nos últimos quinze ontens

E não tem como me lembrar de ser feliz 

sem precisar cantar isso ao você que me lê


Quando escrevo pra ele, 

Entendo que os poemas são esculturas de amor diário,

Espadas que ajudam a amenizar a distância entre

Os dias em que ele me é dado de presente pela saudade

E os dias em que torna a saudade passado


E se ele quiser, estarei sempre esperando por ele

À porta dos dois meses do ano

Que seu sorriso rebatiza com sonho e chama

De feliz cidade


Não posso deixar de sentir

Vontade de fazer amor com ele

Dentro das catedrais

No meio das praças

Consagrados pelo profano

Segredo que a

Deixa escapar pelas frestas de seu dejá vu

E que a fé desconta na passagem

Já comprada para nosso próximo estarmos juntos


(Des)culpo a Deus por não ter permitido a Prometeu

Cumprir o juramento de nos dar a chama do teletransporte

Mas, agradeço a Ele por ter inventado as idas e vindas

Onde se escrevem os reencontros com o você que me lê





Para ajudar a revestir de paz e entusiasmo

Sua rosa dos ventos

Me arrisco a furar o dedo

Em qualquer fuso horário


Desde amanhã e até ontem,

Caber no teu abraço

Quer ser a melhor técnica secreta


Tua alegria, firmeza e determinação

Ou dúvida, hesitação e reerguimento

São a medida exata da minha admiração

E quando você me agradece

É preliminar doce e sincera do orgasmo 


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