Fonte da imagem: Bioretro |
O conselho que dou é: Tenha piedade de si mesmo
E permita-se impagar suas cobranças
Não se deixe prender em nenhum Minecraft ou genérico
E se você for capturado, não se deixe convencer
Que você só serve para nutrir criaturas selecionadas para
evoluir
Como se fosse uma digi-criatura qualquer
Não se ofereça em sacrifício para nutrir o ego de nenhum
jogador
Ninguém é obrigado, para aparentar equilíbrio e
desprendimento,
A comprar uma vaga no camarote do sorriso basbaque
E ficar assistindo ao desfile do bloco “Acredite quando eu
finjo”
Prefira o ingresso para o bloco “Estou fora do ar para reparos
técnicos”
Respeite o fato de que seu Eu te amo está ainda bastante
inflamado,
Respeite sua lenta e gradativa cicatrização
Você não é obrigado a esbanjar magnanimidade
Como se ela fosse sinônimo de equilíbrio
Equilíbrio é respeito ao outro,
Mas também a si mesmo
Neste carnaval e além
Experimente reconstruir o edifício do carinho,
Da saudade, do prazer
Não se contente com o papel de um personagem
Que, nesse jogo, não tem o direito de evoluir
Também não coloque o barco do equilíbrio
Ao sabor dos mares escorregadios
De indecisões extenuantes
Por mais que estejam cercadas de timidez cativante
Aproveite a liberdade do carnaval
E se dispa das arestas de inércia e egoísmo
Que costumam assaltar o equilíbrio
Só mais um conselho: permita-se assanhar as franjas da orla
Do teu manto de estratégias
Porque equilíbrio e premeditação não combinam
Quando se aterrissa nos quatro cantos
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