8 de julho de 2016

Perguntas que querem calar

Fonte da imagem: IStock


Em qual de minhas sete vidas, a solidão deixará de ser encarnada e de ser rosa?

Quando a coincidência entre a linha da minha vida e a linha do destino do meu amor me perdoará?

Por que minha esperança enxerga o sim dançando revestido de nudez se quem dança comigo é o não com seu pesado traje enlutado?

Onde o perder-se em teus braços experimentará ser tua espera por minha chegada?

Que horas são se os minutos perto de quem amo são feitos de nano-segundos,
Se os segundos longe de quem amei são pesados como o veneno das (h)eras
E os anos perto de quem amarei lembravam ventos que remam contra as marés deste réu
Que não acham hospedagem em nenhuma prisão?

O que faço se descobri estar preso na liberdade?

Quem é o culpado pela fé que mantém acesa a espera do beijo que me acena triunfante do final da corrida das improbabilidades?

Quanto há de durar minha vida, invasora do país da gana, desertora do exército das citações, cansada de convencer o cansaço de que ele foi vencido?

Posso dirigir depois de beber deste cálice cheio até a borda de meias-noites?

E acordar de ressaca, como um mar que convidou a lua pra se esconder no colo da sede de viver?


¿Hay que perder el jamás pero sin endurecer la ternura?


Quem é o tolo que acredita no que escrevo, mesmo sabendo que o que escrevo é a mais pura verdade?

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