Fonte da imagem: Site Metrópoles
Vai haver momentos em que não saberei o que significa dar um passo pra frente ou dar um passo para trás.
Como quem teve as asas que não possui derretidas pelo sol que já se pôs
Em algum momento, meu corpo, perdido em algum lugar entre a consciência e a inconsciência, repetirá o erro até que ele pareça mais que perfeito
É provável que, em vários momentos, o que há de sol em mim não evolua
Que minha base não se firme à Terra e eu comece a girar pelo espaço como
Uma nave sem órbita, deixando seu riso nervoso: nem sublime o bastante, nem ridículo o suficiente
Haverá momentos em que não serei homem o suficiente nem mulher o bastante
Caso a Eva, em mim, não evolua, saiba que não tenho intenção de perturbar o brilho do sol de ninguém:
Nem dos antigos mestres, nem dos novos
Por mais que a nau, em mim, seja errante,
Minha técnica de amar você segue se aprimorando,
Lembrando que meu coração aprende a ser casa quando você se permite morar nele
Com você, por perto ou por longe, sou capaz de vitórias que deixam a medalha de ouro corada de vergonha
E que não deixam margem para os recordes quebrados se sentirem desconcertados
Meu corpo possa ser, pra você, lugar que vence o pódio
Os dias do meu sempre gostam de amar quando você chega
Se eu não perceber seu olhar me chamando, é possível que minha alma esteja limpando os óculos
Para se tornar mais aguda em sua arte de não se enxergar
Vez, por outra, quando brigarmos,
Me abrace por trás, mesmo que seja telepaticamente
Tudo em você tem a medida certa pra mim e me excita em corpo, espírito e verdade
Quando formos incertos, a desmedida do fazer amor possa unir nossos corpos
Desafiando o que o ter e o remoto possam significar
O que eu sinto é forte o bastante para acender a água e ascender o fogo
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