Quando o baile de ontem começou,
Estava receoso de que você dissesse que não ia me tirar mais pra dançar
No final, você só me desejou Bom Descanso
E, talvez, eu tenha ficado chateado e tenha dito: "Pra ti também."
Mas, foi coisa de momento: era pra eu ter dito:
Pra você também
Você que escolhi e escolho
Que me colhe
A quem desejo e quero
Acolher
Não quero chamar outro de Você: que não seja você.
Se você é um nome próprio ou impróprio, não importa
Gostou da escolha que fiz?
Eu aceito você e espero que você me aceite também
Nossa cumplicidade possa seguir dispensando testemunhas
Receba-me com minha dança
O ardor de quando chamo você
Não tem como ser por favor o que é por comovente fervor
Meu corpo de delito é a favor de que as próximas contradanças
Sejam com você
Espero você vir me buscar na hora do recreio e na saída do colégio
Espero por você na chegada e na partida
Com meu espírito de luta e meu corpo de delito
É provável que você, com um olho nas costas, tenha anotado meu sorriso secreto
Sentiu o cheiro remoto do perfume que se passou por mim?: foi a Roma e pegou uma conexão no vento
Pra chegar até você
Parece que já estou invadindo o próximo poema...
Até o próximo baile
Nenhum comentário:
Postar um comentário