Casal de corujas sobre a cruz da igreja
Foto: Karla Vidal
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E agora que os resíduos de ti, que ficaram em meu olhar,
Querem renascer como fênix: renascer sem sequer terem morrido:
E sem serem cinza, tendo em vista, que tua luz trouxe cores nunca navegadas por Dante
Ao arco-íris deste jovem velho peito?
Como queria que você visse um de meus vídeos e se lembrasse que eu serei o amor de sua vida
Aquele que se tivesse um pouco mais de coragem se convidaria a te dessozinhar naquela pizzaria
Você nem se incomodou com meu olhar insistente
Tua timidez até sorriu e faz quase três dias ressuscito, andar por andar,
Desta minha psquê da qual se enleva a dor
Nenhuma ordem ou progresso me impediria de te beijar em público
Até que a conveniência ficasse louca
E a hipocrisia cruzasse o Bojador
Calvino, por acaso, Deus não poderia predestinar-me aquele moço
Só um pouquinho?
Durante mais uns 60 anos ou até que coubéssemos
Num dos hiatos interdimensionais esculpidos pelo Dr. Estranho
Você, cujo nome não sei ainda, é culpado por essas belistres palavras
Cinzeladas pela madrugada
Minha esperança deverá passar um tempo
dormindo vestida com tua camisa
Tentando imaginar como convencer o vento a tocar a partitura do teu cheiro
Visto que tua visagem reinaugurou a partitura do meu coração
Em clave de pôr-de-sol
Por favor, algum Google Innovator aconselhe o Google
a inventar um filtro de busca baseado na memória
Ou o Facebook permita acharmos amores à primeira vista,
Sem precisar de chaves ou palavras:
Apenas com orações
Ou tão-somente a verdade incrustada em epifanias
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