Não dá mais tempo de deixar você
Porque, cada vez que eu vejo você,
A eternidade lembra que chega cada vez mais cedo
E que é tarde demais para esta brisa em chamas
Deixar de se reinventar
Com você, topo qualquer eternidade
Desde aquela monótona,
Passando pela outra que finge ser do tamanho do universo,
Mas é como um grão de areia marcando nanosegundos no relógio de Deus
Gosto de pensar que, quando se gosta, a eternidade não precisa se preocupar
Em ter idade, nem em ser terna, nem ida
Não dá tempo de deixar você
Porque eu já sinto aquele sentimento
Que cada dia sabe menos como, quando ou por quê
E toda ciência desse não saber desenha a receita do meu sorriso
Quando me lembro de você, como uma vida súbita que faz a partida continuar
E vencer a partida é sentir que você não vai partir e que não é obrigado a ficar
Não fique chateado por eu aumentar a frequência dos poemas, de tempos em tempos
É um jeito de estar mais perto de você e menos longe de mim
E de sairmos juntos eternidade a dentro
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