25 de dezembro de 2017

Feliz Natal a Anitta, Sarah Sheeva, Maria Amazonas e demais terrestres de boa-vontade


 Foto: Instagram / Reprodução


Não sou uma princesa formada no curso por correspondência de Sheeva, mas
Peço a Papai Noel que tenha o direito de permanecer sem ser esganada,
Por não ser exclusiva, por querer deixar de pertencer a um só homem

Cristo, obrigado por aceitar dividir sua falta de lugar no mundo com Kuan Yin
Quem acredita na misericórdia é capaz de milagres, mas
Nunca encontra lugar na hospedaria

Espero que os pastores me deixem entregar a Jesus os presentes que trouxe:
Couro, falta de senso e birra, mas
Quebrando essa fina camada de tensão superficial,
Meu coração te oferece sede de justiça, paz inquieta e doçura desértica

Mesmo estando do lado de fora da festa,
Maria colocou o Recém-nascido pra dormir no meu coração
Ele não quis saber de presentes, nem de passados
Entregou-me o esconderijo de uma estrela
E fez de mim futuro, perspectiva

O nojo e o medo fugiram quando Ele chorou pela primeira vez
Fazendo o mundo enxergar o quão mentirosa é a guerra

Isaías me contou que Ele não julga pela aparência,
seja a de princesa ou a de malandra
E que, graças a Deus, não precisa do aval de nenhum Supremo Tribunal

Nenhuma pós-verdade resiste ao brilho do olhar dessa Criança
Que nasceu com a ressurreição tatuada na pupila. 

Nesse Natal, o sol da dignidade, malandramente, deu à luz a mim
E passei a ver coisas onde não havia...
Não havia mais muro, nem lamentação, nem botão prestes a fazer brotar
Rosas nucleares de Pyongyang

Não sou político. Não engulo meus nãos pra angariar eleitores
Ou fortalecer base partidária alguma
Não transformo o Obrigado numa forma velada de dizer: “Fique tranquilo que nunca vou te amar”

Meu sorriso não é brinde de rifa
E, na hora de brindar, meu amor secreto criou o malte mais puro
E depois jogou fora a chave da receita 

Ano que vem, minha árvore de Natal vai ter mais “nãos” enfeitando-a, se Deus quiser,
E ele há de meus nãos querer
Porque antes nãos onde o amor ardente aprende a cantar
Do que Obrigados que se sentem obrigados a mandar cartões de Natal
Com fórmulas vãs de cortesia feitas por trabalhadores escravos
Em algum lugar feito de tempo perdido

Menino Jesus, se eu devo continuar acreditando no amor,
Manda-me um sinal
Porque, de vez em quando,
Tenho vontade de ficar sério pra sempre

O amor acaba comigo,
Mas, antes isso do que achar que a carona

É mais importante do que a companhia do ser humano

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