7 de janeiro de 2014

O celular que, por amor, abriu mão do oxigênio

Fonte da imagem: Aberto Até de Madrugada.com



 Celular

Meu celular ficou pálido
Teve medo de ser atendido
E ter à disposição um bônus de meio infinito ]e não ter o direito de ter tempo a perder[
D
escobrir que não era engano o abraço que me chegava nublado pelo sol da tua voz
A tsunâmica saudade que reduzia a poeira
As ondas sonoras, orantes,
Desabituadas a vestir-se de silêncio

Sem vaga para estacionar no ciberespaço,
O espírito cedeu e se contentou em ser v
oz
Guardando segredos à céu aberto
Segredos imperdoáveis:
Vontade de te ressuscitar, de desmentir teus sepulcros

Vá embora do meu beijo
Para que eu p
osssa sentir a desmedida do retorno inesperado do teu lábio
Brotando milagrosamente de um SMS sonho mais que sonho

Afoga o som e faz entrar em erupção a pa
Lavra
Com todos os desplantes que te for capa
Z
Escrevo-te uma poesia na língua dos impossíveis
E engravido de esperança tudo que em mim era estéril
Um toque teu e a luz inefável estremece nos meus ventos
E, se o telefone emudece, recosto meus Sinais no teu peito
E tiro as sandálias dos meus beijos
Para que eles cheguem de mansinho, na ponta das asas,
Rendam-se a todos os nuances de teu corpo


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