11 de dezembro de 2012

A contradança de Zhaoming Wu

Dancer - Zhaoming Wu



Contradança
Uma poesia de Cerevenise Stür

Hoje, ouvi dizerem teu nome
Tentei ser o mais racional impossível
Tão racional que meu olhar chorou para dentro
E o fogo do meu coração fingiu ser cinzas
Desde antes do alarme de incêndio

Quero tanto que seja verdade que tu possas ler este poema
Quem me dera, pudesses me dar um sinal,
Visitando o poema que nunca termina,
Feito para ti, meu lindo Alguém.

Pois te vi faz uma semana, mas tive medo de te olhar
E te deixar preocupado ou triste
Mas, se eu pudesse te olhar
Seria para te dar o máximo da errante medida certa
Do carinho, do abraço, do beijo e da felicidade
E descobrir que não sou invisível a ti
Como a razão insiste em fazer crer

Por isso, estas palavras
Cegas, mudas e aleijadas
Mas que têm uma qualidade que intimida
As águias, as sereias e Mercúrio
A de enxergar através da sombra
Falar por meio do não dito, do interdito
E me permitir chegar ao teu coração, meu Nobre 
Antes mesmo de o caminho começar a ser feito
E me impedir de ir embora, apontando-me para o caminho que nunca termina

Porque o caminho sempre estará por fazer 
Para que eu tenha a honra de te convidar para voarmos juntos
Nesta contradança que, em seus passos desajeitados,
Dá sentido aos giros dos mundos: e se chama vida.

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